segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

é praticamente impossível viver nessa casa. ela acorda berrando comigo, ela implica no jeito que eu limpo a casa, e como eu pego o feijão da panela, do jeito que eu pego na esponja de lavar louça, em como eu uso a vassoura, em porque eu não troco de roupa, em porque eu quero ficar em casa. simplesmente não cai a ficha que nessas circunstâncias eu prefiro ficar sozinha em casa, ao ter que ficar aturando os berros desordenados e impacientes dela como se eu fosse uma aluna de jardim e não soubesse fazer nada sem ter a supervisão de um adulto. como se eu não fosse boa o suficiente pra nada. não aguento ver ela deixando eu sair de casa e depois me jogar na cara que eu não paro em casa, que eu só sei ficar na rua, como se ela não tivesse mais o poder sobre mim, como se eu não tivesse de perguntar se posso ou não! sim, ela sabe que isso não vai durar muito, talvez por isso ela esteja agindo dessa forma. mas é absurdo como ela me trata, me sinto um mendigo de beira de estrada na casa de um bilionário que esta me escravizando tendo de fazer tudo do jeito dela, e não bastando quer que eu fique calada.
eu posso ter paciência, mas ainda não aprendi a escutar os berros dela e ainda ficar calada.

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