quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010


Perdido no tempo. Ouvindo seu silêncio que me mata por dentro e olhando aquela nossa velha mesa de centro que rangia quando a luz abandonava a sala.
Rainha do espaço, coração de ferro e os nervos de aço. E eu aqui descalço, tropeçando em cadarços.
Procurando as portas do meu labirinto. E a gente já viu tanto, bochechas rosadas e aos prantos, garrafas de whisky na praia, constelações na noite gelada, pela brisa do mar, palavras cruzadas, capital do Qatar.
Fugindo aos berros sem fazer barulho desse meu cemitério de amor e orgulho, confissão, caso sério.Gritos e sussuros pela noite afora. E a gente viu de tudo, da roupa rasgada ao veludo, bonecos de cera, fantasmas, recordações, "Efeito Borboleta", "Poderoso Chefão", ciganas na rua lendo na sua mão, que o futuro é longo e que nada é em vão revirando as cartas pra encontrar respostas.
Doha - Darvin

0 comentários: